De onde surgiram as Fábulas?



 

A fábula é uma história narrativa que surgiu no Oriente, mas foi particularmente desenvolvido por um escravo chamado Esopo, que viveu no século VI a.C., na Grécia antiga. Esopo inventava histórias em que os animais eram os personagens. Por meio dos diálogos entre os bichos e das situações que os envolviam, ele procurava transmitir sabedoria de carácter moral ao homem. Assim, os animais, nas fábulas, tornam-se exemplos para o ser humano. Cada bicho simboliza algum aspecto ou qualidade do homem como, por exemplo, o leão representa a força; a raposa, a astúcia; a formiga, o trabalho etc. É uma narrativa inverossímil, com fundo didático. Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe o nome de apólogo. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de preguiçosos.
A fábula já era cultivada entre assírios e babilônios, no entanto foi o grego Esopo quem consagrou o gênero. La Fontaine foi outro grande fabulista, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua "Revolução dos Bichos" (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).
As literaturas portuguesa e brasileira também cultivaram o gênero com
Uma fábula é um conto em que as personagens falam sendo animais e que há sempre uma frase a ensinar-nos alguma coisa para não cometermos erros.

·         Características

 

As fábulas são narrativas curtas, na qual os personagens são animais e nelas sempre no final mostra uma lição de moral.

 

Ø     Fábulas de Esopo

 


As fábulas de Esopo são uma coleção de fábulas creditadas a Esopo (620560 a.C.), um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga.[1] As fábulas de Esopo tornaram-se um termo branco para coleções de fábulas brandas, usualmente envolvendo animais personificados.
As fábulas remontam uma chance popular para educação moral de crianças hoje. Há muitas histórias incluídas nas fábulas de Esopo, tão como A raposa e as uvas (de que o idioma "uvas verdes" foi derivado), A Cigarra e a Formiga, A tartaruga e a lebre, O vento norte e o sol e O menino que gritava lobo, O Lobo e o Cordeiro são bem conhecidas pelo mundo afora.
Assim, podemos dizer que em toda parte, a fábula é um conto de moralidade popular, uma lição de inteligência, de justiça, de sagacidade, trazida até nós pelos nossos Esopos.
No século III d.C. Apolônio de Tiana, o filósofo do século I d.C. recordou como tendo dito sobre Esopo:

 “Como aqueles que janta bem nos pratos mais planos, ele fez uso de humildes incidentes para ensinar grandes verdades, e após servir uma história ele adiciona a ela o aviso para fazer uma coisa ou não fazê-la. Então, também, ele foi realmente mais atacado para verdade do que os poetas são”.







 

Jean de La Fontaine

 

Jean de La Fontaine (Château-Thierry, 8 de julho de 1621Paris, 13 de abril de 1695) foi um poeta e fabulista francês.
Era filho de um inspetor de águas e florestas, e nasceu na pequena localidade de Château-Thierry. Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a literatura.
Por desejo do pai, casou-se em 1647 com [[Marie Héricart)).Embora o casamento nunca tenha sido feliz, o casal teve um filho, Charles.
Em 1652 La Fontaine assumiu o cargo de seu pai como inspetor de águas, mas alguns anos depois se colocou a serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma coletânea de poemas.
Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine. Com a queda do ministro Fouquet, La Fontaine tornou-se protegido da Duquesa de Bouillon e da Duquesa d'Orleans.
Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís 14. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.
Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos.
Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. A última edição de suas fábulas foi publicada 1693.
Antes de vir a ser fabulista, foi poeta, tentou ser teólogo e cafifa. Além disso, também entrou para um seminário, mas aí perdeu o interesse.
Aos 26 anos casou-se, mas a relação só durou onze anos. Depois disso, La Fontaine foi para Paris, e iniciou sua grande carreira literária. No início, escrevia poemas, mas em 1665 escreveu sua primeira obra, chamada “Contos”. Montou um grupo literário que tinha como integrantes Racine, Boileau e Molière.
No período de 1664 a 1674, ele escreveu quase todas as suas obras. Nas suas fábulas, contava histórias de animais com características humanas. Em 1684, foi nomeado para a Academia Francesa de Letras.
Onze anos depois, já muito doente, decidiu aproximar-se da religião. Até pensou em escrever uma obra de fé, mas não chegou a escrevê-la.[carece de fontes?]
A sua grande obra, “Fábulas”, escrita em três partes, no período de 1668 a 1694, seguiu o estilo do autor grego Esopo, o qual falava da vaidade, estupidez e agressividade humanas através de animais.
La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna. Sobre a natureza da fábula declarou: “É uma pintura em que podemos encontrar nosso próprio retrato”.
Algumas fábulas escritas e reescritas por ele são A Lebre e a Tartaruga, O Homem, O Menino e a Mula, O Leão e o Rato, e O Carvalho e o Caniço.
Está sepultado no cemitério Père-Lachaise, em Paris, ao lado do dramaturgo Molière.